Mesmo porque o estágio atual não é fotogênico. As diferenças entre as peças antigas do pacato motor antigo de 125 cc não são gritantemente diferentes das novas. Tirando o carburador Koso, claro.
De todo modo, alá:
Esta é uma das engrenagens do ressalto do comando que eu tinha no estoque (é a que estava no motor preto). O cara que montou esse motor não deve ter conseguido que o ressalto ficasse justo na engrenagem e bateu com punção "pa firmá bem". O diâmetro do eixo do comando é exatamente o mesmo do diâmetro interno da engrenagem. Ou seja, o eixo do comando entra por interferência e deve-se resfriá-lo (15 minutinhos no freezer) e esquentar a engrenagem (tostex por uns 10 minutos, fogo alto de fogão comum). Não precisa usar martelo.
Além disso, o rasgo do pino do comando está folgado e certamente interfere no enquadramento dele. Como vou usar um comando bem mais brabo que o original, quis ter certeza de montá-lo split na engrenagem, o que me levou a descartar essa.
Esta outra engrenagem de comando é a que estava no motor cinza. O rasgo do pino está ainda mais folgado que o da outra. Descartada também.
Acabei comprando um conjunto de distribuição completo que contém essa engrenagem, um comando original, o pino que os prende no bloco do motor e a engrenagem que vai no virabrequim.
Alá que lindos:
Pena que estão na embalagem e não dá pra ver direito, né?
O comando de válvulas brabo tá foto abaixo. Tem mais brabos ainda mas vou deixar como carta na manga, caso eu tome sarrafada na aposta que fiz. Depois explico isso. Esse comando foi fabricado na competente retífica do Sr. Samuel, a Samacar, figura muito conhecida no mundo dos motores de competição. Todos os preparadores mais velhos do que eu falam com enorme respeito do Sr. Samuel. O único problema da Samacar é que fica em Mauá. Longe pra caramba de onde está a pequena cafe racer.
Podia ter feito essa foto com mais outros dois comandos (tenho originais e um aftermarket da WGK, levemente mais brabo). Mas como eu disse, a diferença não é gritante e só uns 3 ou 4 leitores do OIF iam identificar o brabo dos mansos.
Esse aí é o cilindro novo, já montado no motor com seu pistão de 61 mm. Ele tá em TDC. Dá pra ver a distância dele pro topo do cilindro, né?
Alá a diferença de tamanho dos pistões:
A junta de cabeçote nova é metálica e bem mais fina que a original de papel:
E... alá a biela da CRF 230, que veio com o rolamento de gaiola do pino do virabrequim e o próprio pino novos:
Mais legal de tudo: comprei uma biela de 109 mm de distância entre furos pra dar uma taxa de compressão ainda baixa (mas bem melhor do que a que tava antes, com a biela de 106 mm). Só que medí a biela e não encontrei 109 mm.
Encontrei 110,2 mm!
Vai dar perto de 11:1 de taxa. Um pouco mais do que eu queria. Mas como é pouco, dá pra compensar a maior temperatura na câmara com uma mistura um pouco mais rica ou com o ponto de ignição um pelinho mais atrasado.
Ou então posso usar uma junta de cabeçote um pouco mais espessa. Ou ainda, posso usar duas juntas na base do cilindro. E ainda tem o recurso de mandar cortar um calço de alumínio para a base do cilindro.
Ou seja, agora tenho como acertar a taxa de compressão do jeito que precisar.
Tá indo bem!
Pô cara, fico pê da vida com mexanico que faz aquele tipo de cagada que vc mostrou na primeira foto.
ResponderExcluirO pior é que faz quando a gente não vê, soca tudo dentro do motor ou da caixa, vc roda alguns Km e começa a dar grilo.
Sujeito assim deviam perder o alvará de oficina...