quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Controlar (eu vou lá)

Circulou hoje um hoax (hoax, não. É verdade) de que carros feitos de 1965 pra trás não teriam que fazer a vistoria maldita do Controlar.

Legal.

Salva o rabo de muita gente que tem carro antigo.

Carro antigo e não véio como os meus (hoje, meu carro mais novo foi feito em 1998 - mas ele passa no Controlar fácil)

Não tô com raiva porque vou ter que levar um carro fabricado em 1994 (mas modelo 1995. Vê lá, hein!) em excelentes condições pra fazer a porra da vistoria amanhã (cedo demais pra um preguiçoso nato, diga-se).

Mas isso é uma estupidez sem tamanho. O fato de isentar carros bem véios de fazer a vistoria de poluição, quero dizer. Isso estupra a consciência de quem tem alguma inteligência, mesmo que latente.

No mundo civilizado todo penaliza-se carros véios e poluidores. Aqui, isenta-se de vistoria. Justamente veículos projetados sem a consciência da manutenção de condição boa de vida para todos neste planeta por este ou aquele motivo pontual (pouca gente no mundo, poucos carros circulando...).

Se é pra fazer bem feito, o que é louvável, que se aumente gradativamente impostos de carros e motos mais antigos e que se intensifique a vistoria não só de emissão de poluentes mas também de sistemas ligados à segurança, como freios, vidros, resistência estrutural. Ou seja, elementos que realmente contribuam com a figura usurpada pelo Estado da garantia da segurança dos contribuintes (contribuinte morto não paga imposto, não é verdade? Mas tem uma última sacanagem que é o imposto de transmissão causa mortis, que os herdeiros de quem morreu devem pagar por terem herdado. Acho isso o fim final... Mas...).

"Porra, mas cê tá dando um tiro no próprio pé!" poderia dizer alguém que me conhece e sabe que não tenho nenhum carro moderno (o mais novo foi fabricado em 1998). Pois é. Anarquista que sou, ando de scooter com motor de dois tempos (2T para inciados. Fabricado em 1997), que não faz vistoria no Controlar e tenho carros com placas pretas (fabricados em 1980 e 1978), isentos de vistoria também.

Combate-se medidas proselitistas e eleitoreiras voltadas a combater (pffff...) poluição com placa preta ou isenção, acho eu, dentro do meu ideal anarquista.

Mas não tá certo isso. Carro de coleção é carro de coleção. Anda pouco (geralmente da garagem pro evento e de volta pra garagem) e não constitui ameaça gritante ao meio ambiente.

Mas carro véio isento de vistoria e com isenção de imposto é malvadeza. Não comigo exatamente mas com minha filha e com os descendentes dela. Se é que vocês me entendem...

"Crescei e multiplicai-vos"

Tá errado isso também. Fosse isso levado ao pé da letra (e é, na verdade), busões de 44 lugares andariam entupidos com mais de 100 pessoas no horário de pico (e andam).

Falta bom senso. Falta desapego.

Me furaram no comentário sobre esse tema o Felipe Nicoliello, o Flavio Gomes e mais alguns. Mas que se fodam (no bom sentido, porque gosto deles). Mas que o foco deles tá errado, ah tá.

Update: Revisando o texto e botando os links corretos enquanto ouço a apropriadíssima música do Radio Moscow, Frustrating sound.


Outro update. Não é que o operador do Controlar conseguiu fazer o carro que levei hoje não funcionar mais? Pior que ele passou na avaliação vom valores bem abaixo dos permitidos para o ano. Mas ao serem retirados os sensores que foram colocados no carro, necas. Nem sinal de vida. Já tá numa oficina (que por si só já vai gerar pelo menos um post) pra ver o que aconteceu.

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