quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Duprat

Não parece mas gosto de música. Na verdade parece sim. Volta e meia blogo alguma coisa sobre isso. Lado B, sempre. Nada nem ninguém famoso. Geralmente, produto do meu garimpo ou do de algum amigo (normalmente, o Willy).

Agora vai um lado A: Régis Duprat falando de Rogério Duprat, pai e tio de alguns dos meus amigos e amigas. Foi assim que sempre o vi: pai dum amigo meu que tolerava ensaios da banda de rock que tocava Red do King Krimson alto a ponto de quase rachar as vidraças da casa.   


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Ratrod TV


Garimpei isso faz tempo, já. Não sei se foi pro ar. Era o piloto duma série, acho. Alguém já viu na TV?

Melhor que Acelerados, não?

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Santa muerte

Santa Muerte by Mouse Lopez. $19.95. They ship
internationaly. Actually, out of stock.


Muito difícil abordar esse tema mas... morreu um piloto depois de tomar um nose cone que caiu de um carro acidentado bem no meio dos cornos. Justin Wilson, o cara. O problema não é exatamente este. Ou não é exatamente a morte do Justin Wilson mas sim a histeria de algumas pessoas em querer mudar um estado de coisas pra tentar enganar a morte. Agora querem meter canopy* em carros de fórmula...

O que me incomoda é a histeria, propriamente. Gente morre. Ponto.

Impressionante como o tema morte incomoda todo mundo. Ninguém gosta de ver ninguém morrendo, só que é da vida, morrer. De vez em quando um escapa pro other side (se é que tem) mais cedo. Mas todo mundo passará pela mesma catraca, lá adiante. Não sei pra quê o espanto dos que lamentam e propõem mudanças pra postergar a morte, especialmente nos esportes onde assume-se o risco de morrer. 

*Canopy é uma espécie de parabrisas. Avião usa isso.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Trânsito, para paulistas novatos

"Todos reclama" do prefeito de São Paulo por conta de medidas para diminuir o número de acidentes e tirar carros de circulação pra evitar emissão de poluentes, democratizar o uso para lazer de avenidas e ruas, promover o uso de meios de transporte individuais alternativos... blá, blá, blá.

Mas já houve atitude similar, no que concerne ao arroubo das medidas. Mal me lembro do Coronel Fontenelle. Afinal de contas isso aconteceu faz bastante tempo. Só que as medidas dele perduram...

Muito legal o texto do Luis Molist Vilanova contando o fato, publicado no site Sinal de Trânsito. O link é esse aqui.




sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Wind & skating


A semente do windsurf não é recente (anos 70 do século passado) como eu imaginava. Esse filme é de 1926.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Amantes argentinas, geishas e Hondas

Como se pode obter muito prazer com eficiência, discrição, economia, excelência e sobriedade?

(  ) Com uma amante argentina,
(  ) Com uma passista de escola de samba,
(  ) Com uma geisha.

A amante argentina, diz a lenda, se alimenta de bife ancho recheado de dólares ou euros. Passistas de escola de samba não são exatamente discretas.


Não costumo escrever sobre esse tema. Falo, vocês sabem, sobre carros, motos e bobagens correlatas, apenas. Apenas forcei a barra pra justificar minha supresa depois de andar por dois dias e mais de 700 km com um Honda Civic LXS no meu circuito particular de teste, que qualquer pessoa pode usar mediante pagamento de pedágio, não pra mim, claro. São Paulo, litoral norte, São Luis do Paraitinga, Taubaté, Campos do Jordão e imediações e... de volta ao caos paulistano.


Meus amigos colecionadores de carros antigos se referem aos atuais como plastimóveis. Tudo agora é plastimóvel. Nada tem alma e estilo, na visão deles. Não costumo comparar nenhum carro que experimento a algum outro mas abrirei exceções pontuais, e evocando carros alemães mais sofisticados e caros.

Pois o Civic tem alma.

O sedan branco que usei é a versão básica do line up do fabricante japonês. Tem motor de 1.800 cc e câmbio mecânico de seis marchas. Todos os outros usam câmbio automático e motor de 2.000 cc. O LXS não tem vários dos equipamentos dos irmãos mais caros: acendimento automático dos faróis, cruise control, display multimídia de 7 polegadas, entrada HDMI, câmera de marcha-à-ré capaz de mudar o rumo da história (tem só a câmera e tem gente que acha pouco...), teto solar elétrico, air bag lateral de cortina, bancos revestidos em couro, sistema de auxílio de partida em aclives, controle de tração e acabamentos cromados aqui e ali. Faz falta, isso? Sinceramente, não.

Não gosto de bancos revestidos em couro. Eles são gelados no inverno, quentes no verão, não respiram e não pregam o corpo como velcro ao banco. Prefiro tecido, sempre. E os bancos do Civic basicão que experimentei são revestidos com um tecido bem legal, clarinho e bem grudento a ponto de não ser necessário fazer força pra se manter sentado bem no meio do banco durante o contorno de curvas rápidas. Podia falar especificamente de cada item descrito no parágrafo de cima mas vou, como sempre, me ater aos aspectos que fazem diferença quando o carro está andando. Afinal de contas, carros foram feitos pra serem dirigidos. O Honda tem, claro, seus aspectos menos atraentes (negativos, vai, pra ser mais honesto).

Começo por eles.

O console tem apoio para os cotovelos. Ele é alto e atrapalha muito o manuseio da alavanca de câmbio. Deve ser o mesmo dos carros equipados com câmbio automático. Não verifiquei isso. Alguém o faça, por favor. Andando com a tampa aberta até é possível trocar de marcha com algum conforto. Mas adaptei o método que usava quando pilotava carros de fórmula Ford e Vee, emulando mais um cotovelo entre o original de fábrica e o pulso. O cockpit do Civic permite isso, já que o pequeno e bom volante e o banco tem boa amplitude de ajustes. Eu gosto de banco baixo.

O painel, bonito por sinal, tem dois andares. No andar acima do volante está o velocímetro digital. No andar de baixo está o contagiros. Esses dois mostradores são os mais importantes e estão alinhados com o centro do volante, o osso esterno e o nariz do motorista. Só que depois de ter ajustado o volante e o banco para o máximo conforto e acessibilidade aos controles e comandos, parei de enxergar o velocímetro. Para quem mora em São Paulo isso é fatal. Tem radar em todo canto e limites de velocidade diferentes nas ruas e avenidas e é bom estar atento no caso de não contribuir para a arrecadação exagerada do município. Abri mão da altura ideal do volante mas minhas pernas não sofreram com isso porque ele tem diâmetro bem pequeno.

Os outros dois pequenos problemas estão diretamente relacionados com a suavidade do carro. O sistema de freio conta com um booster bem mais potente do que o necessário. O pedal do freio responde à menor pressão. Uma pena de ganso em queda livre acionaria os freios... Não sei pra quê isso. Talvez o cara do marketing que palpitou no ótimo projeto dos caras da engenharia seja um sedentário flácido cujo maior exercício seja apertar as teclas do iMac. Isso influi diretamente na suavidade da condução assim como o recurso empregado pelos responsáveis pelo sistema de injeção, de deixar o motor ainda acelerado depois de se tirar o pé do acelerador para uma troca de marcha ascendente. Isso abaixa o nível de emissão de poluentes. Mas faz com que a gente pareça navalha recém habilitado, caso não se espere longos décimos de segundo pela queda da velocidade angular do volante do motor pra encaixar a próxima marcha suavemente. Meu jeito pra superar isso é tirar o pé da embreagem mais devagar. Mas isso só é incômodo andando com trânsito pesado. Em estradas o carro é uma delícia, como veremos adiante.

Já devo ter falado em alguma outra avaliação sobre casamentos legais entre câmbio e motor. Tem alguns fabricantes que capricham nesse tema (e ao mesmo tempo cagam em outros...). Pois a Honda fez, através da longa vida da marca Civic, a perfeita união entre um ótimo motor, um excelente câmbio close ratio, uma suspensão quase que de carro de corrida e um monobloco sólido o suficiente pra me deixar muito à vontade em qualquer condição de tocada.

Meus amigos antigomobilistas não gostam do desenho das carrocerias modernas. Nem eu, pra falar a verdade, com pouquíssimas exceções. Não acho o Civic bonito. Mas também não acho bonitos o Corolla, o Fluence, qualquer Chevrolet, a maioria dos Ford, todos os Nissan...  Mas também não o acho feio. Passa batido no mar de carros despersonalizados, o que é uma vantagem se o objetivo é ser discreto. Mas a carroceria “fura” bem a atmosfera. O carro anda solto e isso é positivo. Sofre mínima influência de ventos laterais e dá pra ultrapassar caminhões bem pertinho deles sem tomar susto com mudança brusca de direção. Para isso colabora o bom acerto de convergência no alinhamento do carro. Beeem diferente da divergência no eixo traseiro adotada por um fabricante que já foi legal e que torna o carro um lixo em linha reta sob a ação de ventos laterais. O Honda é como uma flexa retinha. A gente olha pro alvo e o carro segue quase que telepaticamente para a direção certa. Fico pensando nos estagiários que auxiliaram no projeto do carro do fabricante que já foi legal... he he he...

Pitch, roll & yaw (já falei sobre isso algumas vezes. Leiam aqui). Repetindo o ótimo ride dos Audi modernos (falei que ia usar carros alemães como referência), é difícil dizer com precisão se o carro tem tração dianteira, traseira ou nas quatro rodas de tão bem acertado que é. Claro que a tarefa foi mais fácil pros engenheiros da Honda por disporem de um motorzinho de apenas 140 hp e pouco menos de 18 kgf/m de torque. Bem parecido com o motor do meu velho carro alemão, por sinal. Só que, já que falei do meu carro, o motor do Honda tem variador de fase no comando. Tem mais torque que o B42M18 do meu carro até umas 4.000 rpm e tem personalidade tão arisca quanto acima disso. Só que o barulho, meus amigos, faz arrepiar todos os pelos do corpo. Do pacato e silencioso sedan abaixo das 4.000 rpm, o Honda vira um DTM dos anos 90 acima disso. A agulha do contagiros sobe rápida até o corte sujo a quase 7.000 rpm. Lindo de ver e ouvir. O som do motor se torna rascante e invade deliciosamente o cockpit. Por mim, guiava o carro assim o dia todo. O excelente câmbio de seis marchas de relações curtas permite isso. A velocidade angular do motor quase não cai na troca das marchas. A marcha seguinte sempre pega o motor cheio. E as reduções, ah as reduções! São de cinema. Em serras com curvas apertadas precedidas por retas relativamente compridas pode-se reduzir duas ou três marchas usando o velho e bom punta-tacco com aceleração intermitente. Argentinos, ao descrever freadas nos seus autódromos, falam quantos “whams” são necessários nas freadas. “Entonces vienes en sexta y... wham wham wham!”. Quem gosta muito de dirigir vai me entender agora: a curvinha tá chegando, o carro tá meio rápido, a gente sabe que é de terceira que se faz o contorno e tá em sexta ainda. Então tem que passar rápido pra terceira, não pode passar de giro porque os pistões podem atropelar as válvulas e fazer um estrago dos diabos e o freio, que eu disse lá em cima que era muito sensível, nessa hora se torna O CARA que mata a velocidade pra gente poder encaixar as marchas mais baixas.

Pãtz! Tava falando de pitch, roll e yaw, lembrei do excelente power train e...

A carroceria praticamente não rola, não afunda em freada e nem levanta em acelerações mais vigorosas e não apresenta ângulo de deriva perceptível. Me lembrou muito do Audi A3 sedan. A diferença ficou para a filtragem do ruído dos pneus/suspensões para o cockpit. Percebe-se que o isolamento dos ruídos externos foi bem feito, à exceção do ruído delicioso do motor quando a agulha do velocímetro tá lá em cima (chega, chega) e o dos pneus rolando sobre o asfalto. Dá pra dizer sem olhar pro chão sobre que tipo de piso o carro tá andando de tão evidente que é o ruído.

Sempre vai ter um rabugento que vai achar que o acabamento do Honda não é sofisticado, que os materiais empregados não são nobres e que não tem ar condicionado de duas zonas. Mas esse rabugento também não vai tirar do carro tudo que ele pode oferecer enquanto tá fazendo o que foi projetado pra fazer: andar. Pensando em andar de carro e ter prazer com isso, o Honda cumpre muitíssimo bem o papel. 

Ele tem alma e personalidade sim.

Além de ser bom de guiar, é suficientemente econômico. Tem um gadget acionável por botão no painel que o torna um brinquedo de economizar combustível. O carro avisa quando a guiada está sendo eficiente e sugere trocas de macha e pressão do pé no pedal do acelerador. Bem interessante. Consegui fazer mais de 10 km/l de álcool andando do mesmo jeito que ando com todos os carros que avalio. Muito bom.

Nossa tralha (a normal de sempre: três mochilas, mais duas com equipamento fotográfico e mais duas grandes com os tripés) coube no porta-malas com folga e eu me sentei confortavelmente no banco traseiro, com o dianteiro regulado para mim mesmo.

Já ia esquecendo. O volante do Civic deve ter sido projetado em parceria com a Sony. O botão de acionamento dos comandos do som e da midia do carro é muito parecido com o do controle dos Playstation. Absolutamente intuitivo e fácil de usar. Sem contar que é pequeno, o diâmetro, e bem gostoso de empunhar.

Eu comprava fácil um Civic LXS mecânico. Só que fui no hot site do fabricante e... não tem na cor vermelha. Nem verde. Só branco, uns tons de cinza, um azul escuro e preto.




quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Cookie

Mais de um mês sem postagens. Que vergonha! Mas o blog tá ativo, ainda. Enquanto não escrevo mais alguma besteira, vão olhando umas fotos:



Ups! Esse tá fora do contexto


terça-feira, 14 de julho de 2015

Fabricando uma locomotiva a vapor.

Fazer carros não é assim tão complicado. São pequenos e leves. Em termos industriais, a fundição de suas várias partes não representa problema de grande monta assim como a estampagem dos perfís metálicos.

Brabo mesmo era fazer locomotiva. A vapor. E na década de 30 do século passado. Esse filme aí embaixo que eu achei mostra o processo todo. Engenheiros e curiosos vão babar.

Enjoy


SpeedMaster



Você é daqueles que nunca usa o freio traseiro da moto? Ou é daqueles que só freia com o freio traseiro porque o da frente faz capotar?

Hum...

Então deve acreditar na loira do banheiro também.

O cara que me ensinou a andar rápido de moto em autódromos por acaso é meu primo Tite, dono do curso SpeedMaster. Apesar de todo quebrado e cheio de limitações nos movimentos do corpo, não faço feio. Por obra e graça dele, o primo.

Entonces recomendo fortemente, que o cara manja.

Vão lá ler a auto entrevista no blog dele.





 

domingo, 12 de julho de 2015

Kaum Raum


A música, cantada pelo autor, é linda. Válida a tentativa do cara do video aí em cima de interpretá-la. Mas eu bem queria ver a casa dele. Se bota o piano perto da máquina de lavar, como será o resto?

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Fish, Samantha



Não é preto, não é homem e duvido que seja pobre. PQP! Competente, a Samantha Fish. Vão fuçar no Youtube. Tudo dela é bom. Tudo!

Garimpo do atento Fabio Martins.

sábado, 4 de julho de 2015

Sobre Citroëns, pontos e namoradas

Uma antiga namorada me perguntou uma vez que "ponto" era meu carro. Porque ela tinha um Corsa dos primeiros, "um ponto quatro", que era mais do que "um ponto zero", o que me fez rir. Nunca acreditei muito no que o deslocamento volumétrico de um motor representa apesar de já ter aceitado sem contestação a máxima "there´s no replacement for displacement".

Mas onde isso se aplica no Citroën C3 que me acompanhou num rolê no litoral norte do Estado de São Paulo e na serra da Mantiqueira?

Escolho, quando possível, não ser briefado, não ler manual e nem procurar informação nenhuma sobre os carros que avalio. Deixo que se expressem.


"É o C3 vermelho que tá no estacionamento", disse o sério funcionário da assessoria de imprensa da Citroën. Limpo, cheiroso e de tanque cheio de álcool (metanol, etanol, butanol, propanol... todos queimam, after all).

Causa certa ansiedade enfrentar o trânsito caótico de São Paulo a bordo de um carro com o qual não se tem ainda a menor intimidade e muito diferente do meu daily driver. Peso e resposta dos pedais e do volante, comportamento da assistência do volante, comandos dos vidros e luzes, o maluco do motoboy que passa raspando no retrovisor, o imbecil do Kia Bongo que estanca abruptamente com as luzes de freio queimadas...

Um "um ponto seis" flexível não muito disposto empurra uma transmissão automática de quatro marchas que pode ser comandada na própria alavanca ou em borboletas atrás do volante. Nada mau para um carro pequeno, já que os primeiros Porsches 911 refrigerados à água podiam ter opcionalmente essa configuração.

Fora o silêncio quase absoluto e o acabamento sóbrio, o pequeno C3 não impressiona negativa ou positivamente em percusos urbanos. Melhor assim, que toda atenção deve estar voltada para o trânsito, o tempo todo.

Mas na maior parte do tempo o rolê é feito em estradas, Gott sei Dank.

O C3 pesa quase a mesma coisa que meu velho 318i e é bem menor, o que me leva a acreditar que tecnologia pesa. Se o EC5M do Citroën tivesse o mesmo torque, potência e power band do motor B42M18 do BMW, o C3 seria brilhante em desempenho. Não que não seja, mas o câmbio automático assim como o peso, que considero excessivo para um carro de menos de quatro metros de comprimento, lhe rouba boa parte do brilho. Além disso é ruidoso perto da rotação de potência máxima a ponto do barulho invadir a cabine e se tornar motivo de desconforto. Falando dessa forma parece que o EC5M é ruim. Mas isso não é verdade. Gostaria muito de guiar algum Citroën com esse motor, mas aliviado do parabrisas gigante, com câmbio manual bem escalonado, sem ar condicionado e com pneus mais estreitos.

Usei só álcool como combustível. Muito álcool. Mesmo levando em conta que o carro cedido para esta avaliação era muito novo (uns 1.000 km rodados, apenas), os 6,5 km/l anotados pelo display foram exagerados nos deslocamentos dentro da cidade e primeiro trecho da viagem-teste. Deixei que o câmbio se encarregasse das trocas de marcha nos trechos urbanos sem tocar nas borboletas e sem acionar os modos S e Snow. Ainda, no primeiro trecho usei o cruise control regulado para manter o carro a 110 km/h. Normalmente não comento sobre o consumo de combustível de carro nenhum, mas esse me chamou a atenção pela voracidade. É compatível com o consumo do meu ex Puma GTE, que tinha motor 1.600 com preparação mediana e um par de Weber 44. Mas o Puma é trinta e cinco anos mais velho e tem muito menos tecnologia. Em peso.

O câmbio automático de quatro marchas funciona muito bem quando o sinal de vácuo é grande no múltiplo de admissão (pedal do acelerador à meia-carga). É suave e quase imperceptível o seu funcionamento, nessa condição. Notei uma vibração em saídas mais vigorosas e alguma rusticidade nas reduções de marcha em baixa velocidade. Em subidas e descidas de serra nenhum dos modos me agradou. À minha revelia ora entrava uma marcha acima, ora a marcha mais baixa ficava "presa". Ficou evidente a opção feita pelo fabricante pela condução tranquila. Pode-se remediar isso ajudando o câmbio com as borboletas e é bom que não se esqueça dessa característica numa ultrapassagem. Perdí várias nos poucos trechos onde isso é permitido na BR-101 (litoral norte do Estado de São Paulo) porque o kick down demorou a comandar as necessárias reduções de quarta para terceira marcha. As reduções em velocidades abaixo de 60 km/h para segunda marcha eram ainda mais desesperadoras pela lentidão da resposta. Com o modo Drive selecionado. Claro que o uso das borboletas no modo Tiptronic resolve isso em parte, mas elas não acompanham o movimento do volante, bastante usado nos trechos de subida e descida de serra que tanto gosto. Há quem goste delas fixas na coluna de direção. Eu não.

Ainda quanto a coluna de direção, são três alavancas de cada lado. No esquerdo tem o comando das luzes externas, borboleta de redução de marcha e comando do cruise control/limitador de velocidade. No direito tem o comando dos limpadores de parabrisa, borboleta de troca ascendente de marcha e o comando do rádio/toca CD/mp3. Me senti como um tocador de gaita de fole ao manter um dedo em cada alavanca guiando num trecho de serra à noite e sob chuva fina, fraca e neblina, daquelas que requerem intervenção em tudo, todo o tempo.


Foto: Renato Durães

Deixei para o fim os aspectos que mais gostei no carro: o capricho na concepção e execução da cabine e a fantástica estabilidade.

Citroëns sempre foram famosos por sua estabilidade bem acima da média provida por sistemas de suspensão exóticos e inovadores. O C3 não emprega nada de exótico nas suspensões. Pelo contrário, usa os unipresentes eixo de torção atrás e torre McPherson na frente, como 90% dos carros de tração dianteira hoje. Mas o acerto é irrepreensível e não foge à regra do fabricante francês. O C3 é um carro relativamente alto e estreito, o que faz a intuição pender para o lado do conservadorismo, para quem gosta de dirigir. De fato, nota-se não muito discreta rolagem da carroceria nas inserções em curvas rápidas. Mas a transferência de peso para as rodas externas é lenta, previsível e bem controlada. Não afunda o focinho em freadas fortes que quase fazem o ABS entrar em ação. E não o levanta em acelerações vigorosas. Ótimo, portanto, de pitch. E o carro é tão inesperadamente neutro para um FWD que nem cheguei sequer a cogitar imaginar a quanto ia o angulo de deriva das rodas traseiras em contornos de curva rápidos. Excelente, então, de yaw. (Lembrem-se: roll, pitch e yaw. já falei bastante disso no blog. Só procurar). Apenas achei que a engenharia podia muito bem não ouvir as sugestões do departamento de marketing quanto à  medida das rodas e pneus. Aro 16 (195/55R16) é exagerado para o carro. Ainda assim os responsáveis pelo acerto fino das suspensões conseguiram um ride silencioso e macio. Impressionante. Já guiei outros carros desse porte com pneus também exageradamente grandes e baixos cujo ride era bem áspero.

Dentro da cabine tem o que se espera de um compacto premium (não gosto dessa denominação, mas... usei): desenho bem legal, bom acabamento geral apesar de ter ouvido de meus amigos que os materiais empregados no revestimento das portas e do painel podiam ser macios ao toque. Por mim, tá bom do jeito que tá. Painel macio acaba rachando depois de muito tempo de exposição à luz solar direta.

Luz solar direta é o que não falta dentro do C3. O parabrisa Zenith, que vai até o meio da capota, garante isso. Acho bem legal esse gadget.


Bancos revestidos em couro, o do motorista tem regulagem de distância, altura e reclinação do encosto. São bonitos mas um pouco duros, achei. Demorei para encontrar uma boa posição para dirigir apesar do volante ter regulagem de altura e profundidade. Deve ser por causa do meu tipo físico, que é o padrão para projetistas de carros alemães. O fato é que me sinto em casa em Audis, BMWs, Mercedes, Fords europeus e Opels e não me sinto tão bem em Renaults, Peugeots e Citroëns. Problema meu, exclusivo, porque não faltam opções de ajuste no cockpit do pequeno C3.

A pequena distância entre-eixos não permite, claro, bom espaço para as pernas dos ocupantes do banco traseiro, caso eu esteja na frente. O porta-malas porém, tem tamanho suficiente.

O sistema de som é competente, o ar-condicionado é potente o suficiente para manter a cabine refrigerada a despeito da grande área envidraçada e o porta-luvas, grande, conta com refrigeração também. Excelente para manter sucos, refrigerantes e água bem frescos. 

Sucos, refrigerantes e água. Só.

Ah, sim. Esqueci de falar sobre a aplicabilidade da história do "um ponto alguma coisa" da minha ex namorada no C3. Na verdade, nenhuma. Apenas lembrei dessa história e resolvi escrevê-la para não esquecer mais.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Gasthaus


O bom e velho drei hundert und achtzehn BMW tem companhia. E o blog terá mais um teste que não esconde nada.

Assim que voltarmos.

Making of

Reunião de pauta. Briefing dos testers para mais um teste de longa duração



terça-feira, 30 de junho de 2015

Tonneau

Essa manobra, o tonneau, é da aviação acrobática. Mas pode acontecer em outras áreas. Eu mesmo já dei alguns desses de moto ou descendo escadas molhadas.

Mas o da sequência a seguir, fantasticamente capturada pela lente do Vitor Lara (boxnews.com.br), aconteceu no autódromo de Pinhais, perto de Curitiba.

Uns arranhões na carroceria, talvez a suspensão desalinhada e... fosse eu pilotando, nem parava pra nada.

O Vitor me disse que a câmera tava no modo manual. Modo manual é foda! Acredito que o foco tava no modo contínuo. Só isso de automação. O resto deveu-se à boa regulagem prévia da câmera.

Alá que legal:









































terça-feira, 9 de junho de 2015

A gasolina

No meio do século passado as moléculas se auto-explicavam (autooexplicavam, autoeexplicavam... hífens não são auto-explicativos). Ainda por cima tentavam ser simpáticas. Se bobear, nem poluir, poluíam.

Pra quem tem curiosidade, o processo petroquímico do craqueamento do petróleo é bem explicado nesse video.

Enjoy

Kerouac



Foto: R. Zaim



'Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes.
Os criadores de caso. Os pinos redondos nos
buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas
de forma diferente. Eles não curtem regras.
E não respeitam o status quo. Você pode citá-los,
discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los.
Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los.
Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana
para a frente. E, enquanto alguns os veem como loucos,
nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas
o bastante para acreditar que podem mudar o mundo,
são as que o mudam.'

Jack Kerouac, "Bilhete para Thoreau" (1969)

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Eu vou tirar você deste lugar

Sim, sim, Odair José. Era brega, eu lembro, mas não faz muito tempo tinha video dele num auditório famosão de São Paulo, momentos antes duma mega banda boa tocar.

E não é que fizeram um disco-tributo a Odair José?
Paulo Miklos, Pato Fu, Zeca Baleiro e mais quinze neguinhos (ou bandinhas) que nunca tinha ouvido falar interpretam hits bregas, mas revestidos de versões novas e bem legais.



Vale a pena.

THE WOLFGANGS


Mais Romenos


Foto: divulgação

A primeira impressão é a que fica. Horrível começar um texto, qualquer que seja, usando um clichê, mas é assim que as coisas funcionam no mundo real. Mas no que isso se aplica quando o assunto é o Renault Duster que me acompanhou por mais de 700 km em dois dias?

É o que veremos mais adiante.

Que tal atacar curvas de rodovias bem pavimentadas absolutamente sem tráfego que passam por locais belíssimos quase do mesmo jeito que fazemos com um kart numa pista, só que a bordo de um SUV?

Sim, eu sei que o carro não foi feito exatamente para essa finalidade. Mas é absolutamente possível guiar o Renault Duster, aka Dacia Duster, originalmente produzido na Romenia, como se fosse um pocket rocket. O acerto das suspensões e do freio botam fácil um sorriso enorme na cara de quem pratica pequenas travessuras ao volante. Especialmente em descidas de serra.

Alto, tanto em distancia livre do solo como do teto ao chão, equipado com pneus de uso misto do tipo mud and snow e com aparência parruda, não inspira confiança. De dentro do Duster dá pra encarar ocupantes de pickups médias e grandes de igual pra igual. Não é pouca coisa, isso, na guerra do trânsito. Mas a carroceria praticamente não apresenta roll ou pitch. Notável, isso.

Não falei do yaw, ainda.

Agora eu falo. Mesmo provocando saídas de traseira no modo hard, ou seja, inserindo bruscamente a frente do carro em curva, tirando de uma vez o pé do freio sem afundá-lo imediatamente no acelerador a traseira do carro assume um discretíssimo ângulo de deriva. Ou seja, nada de yaw. Notável, mais uma vez. Não há diferença de atitude no molhado. Trata-se de um carro dinamicamente seguro e à prova de barbeiragens.

A única anotação que faço ao excelente e surpreendente ride do carro é o pouco curso (para baixo) das suspesões. Em qualquer pulinho alcança-se o down stop e as rodas motrizes perdem tração. Não sei se o Duster é projeto exclusivo ou se deriva de algum outro produto como o Sandero, que não tem nenhum apelo off road, mas me pareceu que as suspensões originalmente trabalham com menor altura em relação ao solo e foram levantadas posteriormente, do mesmo jeito que a Fiat fez com a peruinha Palio Adventure.  

Como já disse, o carro é divertidíssimo morro abaixo. Mas é um SUV pesado. São 1.200 kg em ordem de marcha (abastecido com todos os líquidos menos o combustível). A isso soma-se o peso do combustível, dos ocupantes e suas tralhas. Usamos sempre a tralha-padrão, que compreende algumas mochilas com equipamento fotográfico, um fotógrafo e outras mochilas com roupas. O K4M, 1.600 cc de duplo comando e 16 válvulas que equipa a unidade que usamos já é velho conhecido. Equipou Clios, Sanderos, Logans, Kangoos e mais alguns que devem ter me fugido da memória.

Foto: divulgação.

Esqueçamos o Duster por alguns momentos e imaginemos um Scania, o caminhão.

- O caminhão?

- É. O caminhão.

Ele tem um motor grandão a diesel que tem, sei lá, 500 hp.

- Ah! Mas se tem 500 hp a gente bem podia fazer um upgrade nele, trocando o motorzão barulhento e fumarento por um Cosworth de Fórmula Um. Tem até mais potência que isso e o barulho é muito mais legal.

É, mas não tem tanto torque e a distribuição dele na faixa útil de giro não favorece o transporte de cargas pesadas. O motorzão diesel do caminhão já tem bastante torque desde a marcha-lenta e o Cosworth vai ter torque suficiente pra mover muitas tonelas só quando o ponteiro do contagiros estiver já próximo da faixa vermelha. O power band do Cosworth é estreito, ao contrário do motor diesel do caminhão, que oferece torque abundante em qualquer faixa de rpm.

É mais ou menos o que acontece com o motor do Duster que experimentei. Ficaria excelente montado num Fórmula 3. É potente e vivo, mas só acima de 4.000 rpm. Abaixo disso parece ter tanto torque quanto qualquer motor de 1.000 e quatro cilindros desatualizado (os modernos de três são empolgantes). E o escalonamento do câmbio deixa alguns buracos entre as cinco marchas. Tem-se que elevar muito o giro do motor para que a próxima marcha encontre algum torque, o que não é confortável.

Soma-se a isso uma assistência hidráulica que varia de não muito leve em manobras até quase tão dura em velocidade quanto direção sem assistência nenhuma. Fosse esse um fator isolado, passaria batido.

Mas...

Ainda tem a ergonomia. Tenho que avisar que já sofrí vários acidentes e quebrei vários ossos do corpo e não me encaixo bem em qualquer cockpit. Tem os maravilhosos (Audi A3, VW up!, meu velho BMW) e tem os não tão bons. A ergonomia do Duster não é tão boa.

Tudo isso junto torna o carro cansativo em longos stints. E cansativo também no trânsito, já que não basta apenas soltar o pé da embreagem para o carro começar a se mover. O motor não tem torque suficiente pra isso.

No mais, tem os aspectos que não considero tão importantes como o acabamento geral do carro externa e internamente, gadgets e equipamentos. Como tem gente que dá mais valor a isso do que aos aspectos dinâmicos do carro, deixo aqui meu elogio ao sistema de multimídia com touch screen. Bacana, funcional e intuitivo. Consegui fazer tudo que eu quis, menos parear o telefone. Mas isso é questão de gosto pessoal porque não gosto de ser incomodado quando estou dirigindo.

Foto: divulgação

Tem uma brincadeira legal que se pode fazer com o Duster e com qualquer outro carro que tenha câmera de marcha-à-ré: pode-se trafegar de ré no meio de carros estacionados olhando pra a frente sem risco de esbarrar em nada e nem atropelar ninguém. Treinando um pouco dá pra manter a postura ereta, não virar a cabeça em direção ao meio do painel (onde está a tela) e usar mais a visão periférica do que olhar diretamente. É divertido ver a expressão de espanto das pessoas do lado de fora.

O painel é correto, sem nada que chame a atenção por ser muito bom ou muito ruim, exceto o mostrador do computador de bordo, cuja tela lembra muito os primeiros monitores coloridos EGA para computadores. Tudo o que é possível de se comandar está contido em três pequenas alavancas atrás do enorme volante, que é revestido em couro e cuja costura não é feita com o mesmo fio fino e delicado do meu velho BMW, e sim com algo similar a um barbante de sisal, o que me incomodou pra caralho um pouco.

Os bancos são revestidos em couro e tem duas cores: cinza e marrom. Esteticamente agrada bastante a daltônicos, especialmente aos que não distinguem a cor marrom. Mas isso é questão de gosto pessoal.

Tive a oportunidade de andar no banco de trás e achei o espaço exíguo para pessoas do meu porte (lembrando que tenho o tamanho padrão adotado na Alemanha para estudos ergométricos). O banco do motorista pode ser ajustado na altura. Mas apenas a parte traseira do assento sobe e desce, uma vez que há movimento pivotante nos suportes dianteiros. O banco não sobe e desce sem estragar a regulagem do encosto, que não é milimétrica. Ou seja, além do carro não ser ergonômicamente correto (pelo menos para mim), o ajuste do banco não é rápido e nem muito fácil.

Se me perguntarem se gostei do carro, eu responderia que gostei sim, mas "mais romenos". A estabilidade dele me encantou mas esse brilho foi empanado pelo motor pequeno e beberrão demais e pela ergonomia.


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Audi versus Mercedes

Eu sei que faz tempo, que pedir pras pessoas lembrarem de fatos acontecidos no passado pode ser uma tarefa árdua, mas pra ajudar tão aqui minhas impressões sobre o Audi A3-tão-vermelho-quanto-meu-velho-BMW.

Usamos esse mesmo carro pra outra tarefa e...

Foto: Gustavo Epifanio


Mais um superteste de moto, mais um apoio feito pelo excelente e vermelhíssimo Audi A3, que quase cheguei a considerar como meu segundo carro.

Dia feio, cinzento, enevoado e chuvoso na Piaçaguera, a caminho da BR-101. Já tínhamos amargado uma operação comboio* na rodovia dos Imigrantes.

Os enormes pneus de 225 mm de largura fazem supor, pra quem está familiarizado com o assunto "carro", que o Audi aquaplana fácil. Não é isso o que acontece pois os ótimos pneus Pirelli que o equipam drenam o filme de água com competência. E eu já tinha dito num post anterior que a estabilidade do carro é fantástica. E é mesmo. A posição relativa das rodas é tão firme que não se nota no volante qualquer tendência a virar mesmo estando uma roda só lutanto pra vencer o aquaplaning e a outra ainda firmemente conectada com o asfalto molhado.

Voltando à Piaçaguera, pouco depois das refinarias (horríveis) de Cubatão, um acidente na pista contrária à que estávamos. Diminuí a velocidade tomando o cuidado de: a) não fazer isso bruscamente, b) manter sob controle os carros que vinham atrás, e, c) deixar um bom espaço para o carro que ia à frente. Como já estava andando com os faróis ligados, não acionei o pisca-alerta, o que inclusive é proibido. Pisca-alerta, só com o carro parado. Um olhada no retrovisor, e tinha um só carro bem afastado do Audi, na pista esquerda, e alguns caminhões na pista da direita. Como já estava quase parado e com bons 50 metros ainda até encostar no carro que ia à frente, deixei o Audi rolar no creeping do câmbio. Mais uma olhadinha no retrovisor, E TINHA UM CAMINHÃO MERCEDES VELHO FAGOCITANDO O AUDI!

Não sei por qual motivo o motorista desse velho Mercedes saiu da pista da direita, me deixando quase sem opção de fuga. Acelerei e virei mais para a esquerda. Só que o motor do Audi é turbo e tem um pequeno lag entre o comando no pedal do acelerador e a efetiva contrapartida, que é o movimento do carro. Especialmente estando em idle. Na verdade, na situação de quase repouso que o carro estava era necessário que ocorresse: 1) total acoplamento da embreagem, 2) interpretação do comando do sistema de acelerador by wire QUE É PRA DAR NO PÉ IMEDIATAMENTE, e, 3) inércia máxima dos gases de escape e da turbina, o que não tava acontecendo, já que o motor tava em marcha-lenta.

Ainda conseguimos salvar o sistema Anchieta-Imigrantes de mais um engavetamento, pelo menos. Mas o Audi teve seu paralamas traseiro esquerdo bastante danificado. E ganhamos, tanto eu quanto o fotógrafo, torcicolos legais.

Superteste abortado, claro. Boletim de ocorrência feito, paralamas desamassado com pé-de-cabra e Audi rumo à oficina.



N. do A.: Operação comboio: é uma operação feita pela polícia rodoviária antes da descida da serra na Rodovia dos Imigrantes, que liga São Paulo ao litoral paulista em dias com pouca visibilidade por causa de nevoeiro. A rodovia é fechada, agrupam-se vários carros e motos e esse grupo é liderado por uma viatura, a baixa velocidade, até a baixada santista.



No blog do Teste dos 100 Dias da revista Carro tem minhas impressões sobre alguns carros. Vão lá, vasculhem, leiam e interajam por lá mesmo. Por aqui também pode. E por aqui tá tudo liberado, que o OIF não é politicamente correto.





Crumb, Robert



Quem cresceu vendo Teletubbies quando era pequeno certamente vai achar jurássico, temporalmente deslocado, descabido e até moralmente ofensivo o filme youtúbico cujo link tá mais pra baixo um pouco.

Mas esse cara, o Robert Crumb, foi um dos precursores da contra cultura e certamente o precursor dos comics modernos. Não vou escrever laudas e mais laudas sobre o cara por dois motivos: 1. já fizeram isso, e, 2. já fizeram isso melhor do que eu poderia fazer.

Tá em inglês, claro, que inglês deve ser falado até lá pros lados da constelação de Canis Major.

(Se eu botasse Cão Maior, iam achar que eu tava de sacanagem, claro)

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Achei um texto legal (e esse filme) sobre R. Crumb neste blog aqui.



Na internet tudo é retuitável. Tem-se que dormir com isso...


Fun is back

Inacreditavelmente, mesmo após ter matado* o OvertakingIsFun, continuaram visitando-o regularmente. Thank God a audiência foi menor do quando eu o abastecia regulamente com dispensáveis textos, fotos, filmes ou eu me sentiria absolutamente dispensável. Mas constato com alegria que sou apenas relativamente dispensável.

He he he...

Então, apesar de ter registrado domínios com nomes mais engraçados e cosmogonicamente* mais adequados, volto a postar no OIF crônicas, textos aleatórios, piadas visuais, impressões sobre carros, motos e coisas que experimento (lícitas, as coisas, claro).

Divirtam-se, e boa sorte. Sempre.



Glossário

*Matado: na língua Portuguesa existem os particípios regulares (longos) e os irregulares (curtos). E exitem verbos que admitem apenas uma forma, como é o caso do verbo matar. No caso acima a forma irregular não tem cabimento. Mato é uma coisa e matado é outra. Isso não tem absolutamente a menor relevância neste contexto. Acredito que fora do ENEM e do vestibular, também não.

*Cosmogonicamente: termo que inventei agora. Me "venderam" o conceito de cosmogonia na faculdade como sendo relacionado à visão de mundo (das micro sociedades que foram nosso objeto de estudo mas isso é longo e chato demais pra explicar aqui) mas na verdade tá mais relacionada à explicação da origem do universo segundo diferentes culturas ou religiões. Virtualmente dá no mesmo saber ou não o significado disso porque a palavra 'cosmogonicamente' não existe.