quarta-feira, 9 de maio de 2012

Doin´ again


Esse video é bobinho, concordo. Só que esse trecho de estrada é ma-ra-vi-lho-so. Maravilhoso e me fez cometer uma pequena sandice. 

Mas quem não as comete de vez em quando?

Indo para Gramado a trabalho levando um tomógrafo (de bolso, porque cabia no porta-malas do meu carro) para uma exposição de sei-lá-o-quê, e acompanhado de uma das vendedoras da empresa que tinha a coragem de me manter na sua folha de pagamento (jamais vou entender isso), optei por seguir pela maledetta BR-116.

Na divisa do Estado de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul fica a cidade de Vacaria, que poderia facilmente ser chamada de Starting Line porque o traçado da estrada daí em diante e pelos próximos 40 ou 50 km é impressionantemente apto a desempenhos insanos. A região é belíssima, não passa carro nem caminhão por muuuito tempo, o asfalto é (era, pelo menos) muito bom e via de regra tem boa visibilidade adiante, o que permite usar a pista toda a despeito das faixas sinalizarem que não.

Pois percorrí uma pequena distância hasta adelante de Vacaria em velocidade civilizada. A certa altura parei no acostamento e tomei de volta o rumo de Vacaria. A moça que me acompanhava desatou a falar e falar mas não prestei atenção, preocupado que estava em anotar mentalmente os pontos de freada, redução de marcha e prováveis pontos de tangência.

Uma vez em Vacaria, apontei outra vez o capô do motor no rumo sul e...

Se tem uma coisa legal de fazer é inserir carros em curvas não planas, onde pode haver perda ou aumento instantâneo de grip no caso de começo de descida ou subida, respectivamente. Nesse trecho tem várias ocorrências disso.

Era difícil saber quem alcançava mais decibéis. Se os pneus atritando contra o asfalto gelado por conta do pálido sol de uma manhã de inverno, se o motor funcionando perto da faixa vermelha do contagiros ou se a coitada da vendedora da empresa, obviamente contrariada por chacoalhar no banco não adequado para desempenho esportivo segurando bolsa, garrafa d´água e outros objetos.

Nunca mais fiz isso na vida, juro.


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