terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sobre antigomóveis

O clichê é ter comprado um carrinho antigo porque era admirado na juventude mas custava caro pacas e agora que sobrou uma graninha, pôde-se comprar um.

Esse é o clichê, acompanhado do fato do colecionador ter apenas esse ou esse e mais um carro antigo.

Não botei um carrinho lindo de propósito pra ilustrar esse post porque o dono só tem esse Opala. Aliás, é o daily driver dele. Mas ao fundo tá o meu GTE, com gente olhando como se deve: respeitosamente, sem botar defeito e com as mãos para trás.


Não é o meu caso, já que comprei um motor VW refrigerado a ar para preparar, que num lance do destino veio vestido com uma "capinha" de Puma. Daí em diante descobrí que Pumas são muito legais de dirigir.

Mas sou um caso fora da curva normal.

Voltando ao clichê, é  normal que se comece a frequentar encontros de carros antigos e que se faça contato e aproximação com algum clube de donos de uma dada marca ou modelo de carro véio.

Descobre-se então que são organizados passeios, exposições, almoços, jantares, viagens e comemorações as mais bizarras.

Formam-se amigos. Em seguida, panelinhas. Formam-se até clubes novos!

Aí que começa a merda.

Eu entrei numa dessa e hoje sou presidente do Puma Clube de São Paulo. Mas tem dois clubes de Puma em Sampa. Sampa comporta isso. Tem Puma pra caramba aqui. Pra ser presidente de clube de carro antigo o ideal é que essa pessoa conheça bem o carro e sua história além de gostar de promover "auê". Não sou o presidente ideal, apesar de gostar muito dos carrinhos lindos e procurar me informar com quem conhece de fato.

Como já falei, Puma é uma das melhores "capinhas" (se não for a melhor) para a plataforma VW a ar. O carrinho além de lindo é muito, mas muito gostoso de guiar desde que não se tenha a pretensão de pegar trânsito pesado ou mesmo acompanhar carros modernos em estradas por longos períodos ou percursos.

Mas tem gente que faz isso.

A merda é quando entra gente na história. Especialmente gente mais focada na organização de passeios, almoços, jantares, viagens e comemorações bizarras.

O foco deveria ser o carro. Sempre.

Pouquíssima gente foca no carro, exclusivamente. Eu faço isso e tenho a sorte de conhecer gente que também faz. Essas são as pessoas de quem me aproximei no meio do antigomobilismo. São bem poucas, diga-se.

Tanto é assim que reluto em organizar festas bizarras e passeios. Meu estilo de festa é outro. Festa é pra se divertir, na base do cada um por sí. Se o garçom tá atendendo direito, se o ar condicionado tá funcionando bem, se o preço é razoável, se a cerva tá gelada e abundante é problema de cada um. Passeio, então, nem se fala. Não tiro meu Puma da garagem pra andar em velocidade de féretro com gente que acha que tá guiando um bibelô.

Carros "gostam" de andar. Quem desfila é modelo. E se a festa bizarra pretende imitar o ambiente familiar, fico em casa mesmo que minha família é bem legal.

Um comentário:

  1. Como diria Marx (o Groucho, não o Karl):
    - Me recuso a participar de clubes que me aceitam como sócio.

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